quinta-feira, 22 de julho de 2010

Finalmente, as fotos da pós!!!

Diretamente de Bali, onde curte merecidas férias, a jornalista, atriz, cantora e modelo DÊDA LUZIRÃO enviou ao grupo a seguinte mensagem:

"Mirandão, tudo bem?!!!

Tô dando uma geral em casa e finalmente achei o cabo do celular, guardadinho na caixinha (que eu não sabia onde estava, rs!!!). Bom, então aqui vão 'las fotitas' da gente na USP, desfrutando da brisa e do verde do gramado, enquanto aguardávamos mais uma aula sobre a Síndrome de Downing!!

Bjitoss,
luzirão.

PS: Tô mandando as que tirei das florzinhas também, EHEHE."
...



PS: Bali é brincadeira...
PS2: acho que Luzirão vai me matar, mas sinto falta de ligar para o seu ramal todos os dias, tinha de sacaneá-la de alguma forma.









segunda-feira, 19 de julho de 2010

Organização da mídia radical: dois modelos

Material gentilmente enviado por ALESSANDRA POSSEBON.

Organização da mídia radical: dois modelos

O “analfabeto” Lula cuida mais da educação que o “sociólogo da Sorbonne”

*Gentilmente indicado por ALESSANDRA POSSEBON ao grupo de discussão do curso.


O príncipe dos sociólogos, Fernando Henrique Cardoso, foi líder de uma “grande obra”: a privatização quase que total do ensino superior. Em 1995, quando assumiu, 60,2% dos alunos matriculados estavam em instituições particulares – este número subiu para 71% ao final do seu governo.




Por DENNIS OLIVEIRA, para a Revista Fórum.


O príncipe dos sociólogos, Fernando Henrique Cardoso, foi líder de uma “grande obra”: a privatização quase que total do ensino superior. Em 1995, quando assumiu, 60,2% dos alunos matriculados estavam em instituições particulares – este número subiu para 71% ao final do seu governo. Logo ele, que foi formado em uma universidade... pública! E o seu ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, fez carreira acadêmica e foi reitor de uma universidade... pública, pasmem!!!

Na época deles, a avaliação dos cursos superiores era feita da seguinte forma: uma comissão formada por dois professores avaliadores, indicados pelo Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior, era designada para avaliar in loco todas as condições da instituição proponente do curso superior. Esta comissão dava uma nota e o parecer favorável ou desfavorável quanto ao pleito da instituição de abrir aquele curso, levando em consideração aspectos da infra-estrutura, qualificação do corpo docente, biblioteca, laboratórios, etc. Detalhe: a instituição avaliada recebia, antes, o nome dos avaliadores e as respectivas contas bancárias para as quais deveria depositar o valor correspondente ao custo da avaliação!

Como diria meu sobrinho: Captou? Captou? O avaliado paga o avaliador! E o avaliador tinha o poder quase que total para decidir pelo deferimento ou não do pleito da instituição. Por isto, na gestão de Paulo Renato, proliferou um sem número de faculdades particulares, bem como uma expansão desenfreada de novos cursos que teve como conseqüência a queda da qualidade de ensino. O único mecanismo de avaliação que o MEC implementou naquele período foi o chamado Provão, o Exame Nacional de Cursos, que, ao final, punia mais o aluno que a instituição que ele cursou.

Atualmente, o novo sistema prevê que os avaliadores in loco apenas fazem um relatório com base em quesitos pré-estabelecidos e depois, com base nisto e documentação institucional, o MEC aprova ou não os pleitos das instituições de ensino superior. Alguns avaliadores que foram do sistema antigo diziam que passaram até por ameaças de morte quando estavam avaliando instituições em locais distantes. Eram, praticamente, forçados a dar o parecer favorável. Sem contar na possibilidade que havia de corrupção em função dos depósitos das diárias serem feitos pela própria instituição avaliada. Hoje, quem faz este pagamento é o MEC. A instituição paga uma taxa de despesas para o MEC e só depois sabe quem comporá o grupo de avaliadores.

Os critérios de seleção dos avaliadores também mudaram. Antes, os critérios não eram muito claros, havia até professores com pouca qualificação atuando como avaliadores. Atualmente, a seleção tem alguns critérios mínimos, como ser doutor e, no caso das avaliações institucionais, ter uma experiência como gestor (ter sido coordenador de curso ou diretor de faculdade, por exemplo). Além de ter que passar por um treinamento.
Alguns dizem que a ação do MEC ainda é tímida, existem muitas instituições de ensino superior sem qualidade funcionando e até ampliando os cursos oferecidos. Porém, as denúncias e até mesmo algumas atitudes no sentido de exigir qualidade das instituições particulares aumentaram neste governo. Além da, é claro, expansão das vagas nas instituições públicas.

Por tudo isto, é risível quando criticam o presidente Lula por ele “não ter estudo”, chegam até dizer que isto desestimula os jovens a continuar estudando. O governo anterior, do PSDB, com FHC e Paulo Renato, dois expoentes das grandes universidades públicas do país, USP e Unicamp, foram os que mais agiram para privatizar e destruir a qualidade do ensino superior brasileiro. Paulo Renato tem sido, atualmente, o artífice do sucateamento da educação básica em São Paulo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

SOBRE O CAMINHO QUE FAZEMOS ATÉ A PÓS-GRADUAÇÃO, POR BRUNA LAZARINI

Da série "Caminhos Percorridos"
Acordei assustada, ele acordou também.
Cedo como era, não tinha “bom dia”, mas uma preocupação quase materna:
- A perna. Tá melhor?
- Cem por cento.

Duvidei. Ele quis levantar junto comigo. Não sei bem por qual motivo, não gostei.
- Fica aí.
- Não, vou sair com você.
- Aproveita que você pode ficar mais um pouco, e fica. Vai umas dez, pode levar o controle do portão.

Ele insistiu. Eu resisti mais um pouco.
- Não. Que coisa, volta pro travesseiro. Descansa, vai...
- Mas eu quero ir. É mais fácil se você abrir o portão pra mim.
- Tá bom. Mas não me atrasa.

Um pouco depois, saí. Antes, abri o portão para ele ir embora, levando minha calça de dormir e a moto amassada.

(A noite anterior envolveu aniversário do moço; não ir pra casa dele “por que é muito longe, preciso acordar bem cedo amanhã”; a vinda dele “porque tava com saudade e queria te trazer esses cookies pra você levar pra aula”; a ligação que me deixou completamente atrapalhada e com medo por ele; procura por uma calça minha para ele usar; a ida ao hospital, onde descobri que é normal a equipe de resgate cortar a calça nova de quem sofre algum acidente e que estava tudo bem; caça por um taxi até a delegacia; e a perda da chave na volta. Estava na própria bolsa – percebemos lá pela quinta vez que jogamos tudo pelo chão.)

Peguei o metrô para a Augusta, onde esperei passar um ônibus. Enquanto pensava em como a rua é diferente às sete e pouco da manhã, mal sabia que as aulas de sábado iam me trazer um sono que praticamente me tirou a Augusta pós-zero hora. Tentava esticar o pescoço para descobrir se àquela hora a lanchonete vizinha do Espaço Unibanco já estava aberta. Só uma precaução para passar o tempo mesmo, já pensando se nos dias em que não desse para tomar café em casa, nem trouxesse os biscoitos, poderia comprar uma coxinha de palmito. Era a minha preferida, e a dele também, embora o ele aceite comer também as de cadáver, como diz a Rita Lee: http://www.rollingstone.com.br/edicoes/15/textos/1394/.

Procurei nos bolsos um post-it onde escrevi o número do ônibus que eu não deveria pegar de jeito nenhum, apesar do letreiro fazer parecer que aquele me serviria também. A informação do papelzinho era presente de um amigo cruspiano que sabia da minha falta de jeito com ônibus e direções. Sabia também como eu me perdia dentro do campus toda vez que ia para lá. Posso dizer que foi quase o que aconteceu: só meia hora depois de sair do ônibus encontrei o prédio principal, que fica em frente ao ponto onde desci.

E fui para a sala descobrir se era mesmo a única publicitária entre uns 40 jornalistas. Não era. Até que o pessoal que vai aos sábados nessa terceira turma do curso se mostrou bem misturado. E em milhões de sentidos além da formação.