quarta-feira, 13 de abril de 2011

“DEFEITO” DE COR - O SENTIDO DO NEGRO NO BRASIL

Apresentação do grupo "Cultura Negra", dia 2 de março de 2011, durante a aula de "Cultura Brasileira" ministrada pelo professor Silas Nogueira e gentilmente enviada pela componente do grupo, Solange Sólon Borges.



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Grupo de Estudos - Mídia


A reunião do grupo de estudo de "Mídia" ocorrerá dia 26, às 14h, no Celacc (Bloco 22 - Sala 08/06 - Secretaria). Nessa data, o professor Dennis irá discutir horários, programação do grupo, metodologia, etc. Os interessados estão convidados para a reunião. Àqueles que não puderem vir nesse horário, avisem a Maíra da secretaria. Verificarei se há possibilidade de um horário noturno  para um futuro próximo. Por hora a próxima reunião será apenas nesse horário.
 
Informações:
Celacc
Fone/fax 55-11- 3091-4327

Apresentação - Grupo Cultura Indígena








quinta-feira, 7 de abril de 2011

Suicídio: como e quando noticiar?

do portal Comunique-se
Muitos evitam, outros deixam o suicídio subentendido. Com a divulgação da morte do apresentador Gilberto Scarpa e de sua namorada, a atriz Cibele Dorsa, o assunto voltou à mídia. A morte do casal foi notícia em quase todos os veículos, a maioria usando a palavra suicídio no corpo do texto. No entanto, recentemente, O Estado de S. Paulo noticiou suicídio no título das matérias “Judoca medalhista olímpica comete suicídio na Áustria” e “Polícia do Rio abre inquérito após suicídio em delegacia”, mas o assunto ainda é polêmico na imprensa.

Na Folha de S. Paulo o tema é tratado como outros assuntos, avaliando a relevância do fato. Vinicius Mota, secretário de redação da Folha, diz que o tema “recebe o mesmo tratamento dispensado a qualquer objeto potencial de notícia” do jornal. O Manual da Redação do veículo orienta o jornalista a não omitir "o suicídio quando ele for a causa da morte de alguém".

O poder da mídiaNo entanto, de acordo com especialistas, a notícia pode influenciar pessoas vulneráveis e alguns cuidados devem ser tomados. “Pode influenciar sim, não há certeza do grau de influência, mas o assunto é sério o suficiente para que não se experimente. Há também a preocupação de poupar os sobreviventes que podem estar em grande sofrimento e podem ter uma exposição pública que pode aumentar ainda mais a sua dor”, afirma a Dra. Maria Júlia Kovács, autora do livro “Morte e desenvolvimento humano”, professora e coordenadora do Laboratório de Estudos sobre a Morte do Instituto de Psicologia da USP.

Um exemplo é o que aconteceu em Viena na década de 80, quando o metrô da cidade registrou 22 casos de suicídio em 18 meses, após uma cobertura sensacionalista de um incidente em 1986. Com o aumento das mortes, a imprensa e Associação Austríaca para a Prevenção do Suicídio desenvolveram um manual sobre como os profissionais deveriam abordar o assunto. Com a nova orientação, a taxa de suicídio no metrô austríaco caiu 75% em cinco anos.

Veja abaixo algumas orientações da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) sobre como e quando noticiar esse delicado assunto:

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No Scribd
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Curso Escrita Negra


O Ponto de Cultura Círculo Palmarino: de periferia para periferia valorizando a cultura afro brasileira realizará um curso de literatura e cultura africana e afro brasileira.

O curso se realizará ao logo de 6 (seis) encontros aos sábados das 13h às 18h, completando 30 horas de formação, tendo inicio no dia 30 de abril.
A concepção pedagógica teve a colaboração do Allan da Rosa, Edições Toró, e será distribuído certificado ao final mediante ao aproveitamento de no mínimo 75% do curso.
Serão oferecidas 40 vagas e as inscrições devem ser feitas até no máximo dia 27 de abril através do preenchimento da ficha de inscrição na sede do Círculo Palmarino ou encaminhando a ficha para correio eletrÃ?nico: circulopalmarinosp@gmail.com .
O que? Curso Escrita Negra
Quando? De 30/04 a 04/06 das 13h às 18h
Onde? Sede Nacional do Círculo Palmarino
Endereço: Rua Campos Sales, 43 – Jardim Presidente Kennedy – Embu – SP (Próximo a Escola Municipal Paulo Freire)
Informações: (11) 4782-2869 (11) 9840-7244
Programação
30/04 – Textos abolicionistas como literatura negra - Salloma Sallomão
07/05 – Literatura negra infanto-juvenil e cartografias literárias da diáspora – Luana Antunes Costa
14/05 – Literatura Angolana – Cristiane Santana
21/05 –Literatura Moçambicana – Maria Paula
28/05 – Trajetórias migrantes femininas: De Lélia González  a Carolina de Jesus – Flávia Rios
04/06 – O teatro negro – Dirce Tomás

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Modernidade, Pós Modernidade e Contemporâneo

Apresentação do grupo "Cultura Contemporânea", dia 2 de março de 2011, durante a aula de "Cultura Brasileira" ministrada pelo professor Silas Nogueira e gentilmente enviada pela componente do grupo, Carol Baggio.

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Cultura Indígena - contexto histórico, aspectos e realidade

Apresentação do grupo "Cultura Indígena", dia 26 de março de 2011, durante a aula de "Cultura Brasileira" ministrada pelo professor Silas Nogueira e gentilmente enviada pela componente do grupo, Bruna Lazarini.


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terça-feira, 5 de abril de 2011

Seminário Avançado

Programação do seminário avançado programado para o curso "Mídia, Informação e Cultura". inscrições devem ser feitas pelo site : http://www.usp.br/celacc/?q=node/72. Certificados serão entregues com a confirmnação de inscrição e presença.



Exposição fotográfica Dança e Caos‏


Está disponível para visitação até o dia 18 de maio a exposição fotográfica Dança e Caos, de autoria de Carol Nehring e Amanda Rossi, jornalistas recém-formadas na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.
O local da mostra é o Espaço D'Ávila, no Departamento de Jornalismo e Editoração (CJE) da ECA.
A exposição é resultado de uma selecão de imagens dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) realizados pelas jornalistas. Os retratos feitos por Carol Nehring exibem moradores do Morro Santa Marta no Rio de Janeiro e os de Amanda Rossi mostram pessoas de várias regiões em Moçambique, na África. A curadoria da exposição foi feita pelo professor Atílio Avancini e o texto de apresentação da exposição foi escrito pelo professor Dennis de Oliveira, ambos do CJE.
A entrada é franca. O Espaço D'Ávila fica na Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443 – Bloco A, Cidade Universitária, São Paulo.
Mais informações: (11) 8592-7885 (com Carol Nehring) ou (11) 8211-7025 (com Amanda Rossi).

Blogagem Coletiva Por uma Infância Sem Racismo


Ufa! Meio da semana e só agora consegui "fechar" nossa roda. Eu não consegui ler muitos posts, mas eu quero voltar nessa conversa ainda e prometo colocar todos os links não-lidos na listinha de pendência. Parece ter muita coisa boa espalhada pela nossa blogagem coletiva. A listinha daquilo que consegui mapear na rede segue abaixo. Se você participou da roda, mas meus dedos não a tocaram, então comenta aí com sua URL que no tempo-de-mãe a gente vai atualizando, bem devagarinho.

O que dizer no post que fecha esta blogagem coletiva? Tanta coisa que a gente fica sem palavra. Ainda estou deslumbrada com a troca. Muita reflexão que vai precisar de bastante prática pra gente digerir. Afinal, de nada adianta a gente refletir aqui senão praticarmos dentro de casa. Reflexão, troca e prática. Essa é a receita que deixo para todas as mães blogueiras que tiveram a coragem de sair da zona de conforto. Agora não dá mais pra fingir que não vemos as diferenças, elas fizeram parte da nossa conversa por quase 10 dias, mas precisamos de muitas dezenas de tempo para praticá-la e transformá-la.

É preciso ficarmos alertas não só aos nossos filhos, mas principalmente a nós mesmos. Aprendi que negro é negro, mulato é mulato, japonês é japonês. Não podemos ter medo das palavras, sabemos do peso que cada uma delas carrega nos significados negativos da escravidão, da inferioridade ou superioridade e por aí vai. Mas é colocando essas palavras em prática que podemos transformar esses significados. É sua responsabilidade usar essas palavras na hora certa na frente dos seus filhos. Quem continua atribuindo ao negro os significados de pobreza, de vagabundagem, de roubo, de inferioridade fortalece nossos fantasmas tão pobres de espírito e nos torna também mais pobres.

É hora de transformar nossa bagagem cultural. Somos nós quem consumimos e pagamos pela cultura do Brasil, porquê não termos direito de opinar na hora da novela, do filme ou livro infantil? Tá na hora da gente deixar o umbiguismo, a vergonha, a moral e a comodidade e gritar por novelas mais conscientes, menos racistas; por livros infantis que retratam as diferentes culturas do Brasil (negro, índio, imigrações) e por filmes nacionais que nos dão orgulho de sermos quem somos. Não dá pra mudar dentro de casa sem mudar fora.

Eu prometi uma surpresa pra gente fechar essa roda com chave de ouro, lembram? Pois bem, consegui uma entrevista com professor da USP, Dennis de Oliveira, que foi uma das primeiras pessoas que me fez refletir sobre raça (obrigada!). Foi um bate-papo muito gostoso que publico na íntegra no You Tube. Convido a todos a conversar com vídeo em seus blogs e, se acharem válido, divulgar e rodá-lo em suas redes. Abraços no coração de todos e continuamos a busca por uma infância sem racismo.


O poder da inteligência coletiva

Gentilmente escaneado pela amiga Solange Sólon Borges.

Da aula do professor Juarez de 12 de março.

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Línguas e leituras no mundo digital de Roger Chartier‏

Gentilmente enviado pela amiga Solange Sólon Borges.


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Esse texto está em "Os desafios da escrita", da Unesp. Outro trabalho dele muito bom é o Aventura do Livro, do leitor ao navegador, também da Unesp e Imprensa Oficial. 

Modernidade e Pós-Modernidade - Pierre Sanches

Gentilmente enviado pela amiga Jô Rodrigues.


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Cultura do Povo - Octávio Ianni

Gentilmente cedido pela amiga Solange Sólon Borges.




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Os elementos do jornalismo - crítica (Observatório da Imprensa)‏

Texto trabalhado pelo professir Dennis de Oliveira na aula de sábado, dia 26 de fevereiro de 2011.

RELAÇÕES PERIGOSAS
Um nada admirável mundo novo

Por Adelto Gonçalves em 17/2/2004

Resenha para Os elementos do jornalismo: o que os jornalistas devem saber e o público exigir, de Bill Kovach e Tom Rosenstiel, tradução de Wladir Dupont e prefácio de Fernando Rodrigues, 304 pp., Geração Editorial, São Paulo, 2003; R$ 29; URL: ; e-mail: ; tel. (11) 3872.0984
O confinamento das empresas jornalísticas em grandes conglomerados com atividades múltiplas parece ser o destino dos grandes jornais brasileiros, a partir do momento em que o Executivo e o Congresso se vergarem às pressões do Consenso de Washington para que o capital estrangeiro possa também abocanhar os meios de comunicação do país, o que, por enquanto, ainda é proibido. Mas parece que tudo é apenas uma questão de tempo. De pouco tempo.

Basta ver que o Estado de S.Paulo, o mais influente dos jornais brasileiros, está sob um processo de reorganização administrativa por uma consultoria externa, com a família Mesquita, praticamente, afastada da direção à espera de quem faça um lance mais ousado. Por enquanto, a empresa está comprometida com bancos, mas, flexibilizada a lei, quem poderá impedir a oferta de um magnata da mídia como Rupert Murdoch ou de um desses grandes conglomerados meganacionais?

Já contra as Organizações Globo, que experimentaram por baixo dos panos, nos anos 60, um acasalamento financeiro com o grupo norte-americano Time-Life, corre um pedido de falência na Corte de Nova York, segundo editorial de seu concorrente Jornal do Brasil publicado em 9/2/2004.

A que vêm estas reflexões? Vêm a propósito do livro Os elementos do jornalismo: o que os jornalistas devem saber e o público exigir, em que os jornalistas norte-americanos Bill Kovach e Tom Rosenstiel contam o drama por que passa a categoria naquele país diante da ameaça que a conglomeração dos negócios informativos representa para a sobrevivência da imprensa como instituição independente.

Nos Estados Unidos, a melhor parte da indústria cultural está nas mãos de algumas poucas megamultinacionais: AOL Time Warner, AT&T, Bertelsmann, Disney, NBC Universal (General Electric/Vivendi), News Co., Sony e Viacom. Isso se explica pela própria dinâmica do capitalismo contemporâneo que faz, por exemplo, a Microsoft buscar parceria com a Disney, construindo uma ponte entre as companhias de softwares e Hollywood.

Idealismo mofado
Como contam os jornalistas, a ABC News representa menos de 2% dos lucros da Disney, enquanto o setor informativo que significava grande parte dos lucros da Time Inc., depois da fusão, é só uma fração disso dentro da América Online (AOL). Também a NBC News fornece menos de 2% dos lucros da General Electric, corporação que, como se sabe, mantém a GE Transportation, fabricante de armamentos, entre outras tantas atividades.

O jornalismo sempre foi um negócio, é verdade, mas, até poucos anos atrás, havia a ilusão de que o jornalista tinha uma obrigação social que poderia ir além dos interesses imediatos de seus patrões. E era isso o que movia um jovem idealista a optar por uma profissão que, dificilmente, iria levá-lo à riqueza, mas que poderia satisfazê-lo emocionalmente.
Agora, nesse nada admirável mundo novo, parece impossível que um repórter da revista Time possa cobrir com isenção não só a própria AOL, mas tudo o mais da internet, e-commerce, entretenimento, canais a cabo e telecomunicações. Se o fizer, está claro que, no dia seguinte, o olho da rua piscará para ele.

Ou que um jornalista da NBC News possa escrever um texto que venha a contrariar os interesses da GE em desovar seus artefatos bélicos numa guerra qualquer antes que fiquem obsoletos. Mas é possível admitir-se que um jornalista sabujo e carreirista produza uma reportagem em que incentive o governo de seu país à guerra porque isso vai ajudar a impulsionar os negócios do conglomerado para o qual, em última instância, trabalha.
Kovach e Rosenstiel lembram que a noção de que os jornalistas não devem encontrar obstáculos na hora de cavar informações e contá-las com veracidade – mesmo à custa de outros interesses financeiros do dono do jornal – é o que faz a sociedade acreditar numa empresa jornalística. Essa é a fonte de sua credibilidade, ou seja, o maior patrimônio da empresa e daqueles que nela trabalham. Mas isto já soa como idealismo mofado, velharia.

"Murdoquização" à vista
Kovach e Rosenstiel observam também que, depois de 25 anos perdendo leitores e anunciantes para a televisão e outros meios de comunicação, os jornais norte-americanos concluíram que constituíam um nicho, dentro do mundo da comunicação, para pessoas de melhor nível educativo e intelectual. O negócio da publicidade, por sua vez, decidiu usar os jornais para chegar às classes altas. Os menos prósperos são atingidos por outras mídias, como rádio e TV.

Os jornalistas norte-americanos alertam ainda para o fato de as notícias estarem sendo cada vez mais "produzidas" por gente de fora da redação. O que ocorre em Washington ocorre também em Brasília e Lisboa. Muitas vezes, o governo fala consigo mesmo por intermédio da imprensa. E os jornalistas são utilizados como inocentes úteis.
Basta ver como se comportam os jornais quando há uma investigação em andamento. Os jornais imaginam que, ao atribuir uma informação a uma fonte oficial, estão dizendo a verdade, quando o que deviam fazer é uma investigação própria. Quando um alto funcionário procura a imprensa para "vazar" uma informação, sob a condição de que seja mantido seu anonimato, há sempre interesses subalternos em jogo.

Tudo isso se dá cada vez mais por causa do enfraquecimento dos grandes grupos da mídia, crise que no Brasil é ainda mais grave do que nos Estados Unidos, em razão de uma grande queda da publicidade. Depois de ler este livro de Kovach e Rosenstiel, já ninguém há-de se surpreender se também ao Brasil chegar o fenômeno da "murdoquização".

Leia também
O jornalismo e as megacorporações – Armazém Literário

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Poesia Pura - Cláudia Brino e Vieira Vivo

Entrevista muito boa, sobre a dolorida arte de viver da escrita e amá-la mesmo assim:

http://antologiamomentoliterocultural.blogspot.com/2011/03/claudia-brino-vieira-vivo-entrevistas-n.html

O MOVIMENTO POP ART CONTINUA MAIS VIVO DO QUE NUNCA




Depois de quase 50 anos, o estilo pop art continua ganhando fãs pelo mundo. Um dos artistas plásticos brasileiros que tem como característica principal a influência do movimento é o paulistano Lobo.

O artista recebe encomendas de diversas partes do mundo. Sua inspiração vem do trabalho de artistas consagrados do pop art, como Andy Warhol, Keith Haring e Burton Morris. Lobo firma cada vez mais seu talento através de pinturas já ilustradas nas paredes de pessoas que são adeptas ao movimento artístico dos anos 50. O artista já pintou mais de 450 telas e vem expandindo o seu trabalho customizando produtos e objetos.

Cores chapadas e traços marcantes. É assim que o artista expressa sua arte. As obras, criadas de acordo com o gosto do cliente, vão desde aimortalização de momentos e pessoas, casais apaixonados à viagem dos sonhos.

A necessidade e o perfil de cada cliente são os focos do trabalho de Lobo, o que torna sua obra única. Conhecido pelo colorido vibrante e alegre de suas telas, o artista já promoveu exposições seguindo a banda Jota Quest em turnê, decorou a festa de dois anos da revista Rolling Stones e, recentemente, teve trabalhos expostos na Casa Cor São Paulo e Campinas e na Casa da Fazenda.

Apenas um mês após sua primeira exposição, em 2003, desenvolveu 19 telas que estampavam personalidades nacionais e internacionais, como “Os Trapalhões”, “Os 3 Patetas”, The Beatles, Bono Vox, Charlie Chaplin, Cazuza, Jim Morrison, David Bowie, Madonna, além de Che Guevara, “O Gordo e o Magro”, Robert Smith, Jimmy Hendrix, entre outros.

“O que era um simples passatempo, um hobby favorito, tornou-se profissão. Nunca imaginei trabalhar com isso. Trago para a minha arte experiências que obtive em todas as áreas de arte que já trabalhei. Talvez seja por isso que hoje me sinto tão realizado com o que faço”, declara Lobo Pop Art.

Recentemente, o artista plástico fechou uma parceria com o Estúdio Giclée, que traz para o mercado revestimentos customizados de paredes, tetos, janelas, armários e biombos com forte acento pop, principal característica das obras de Lobo.

Para saber mais sobre o artista: www.lobopopart.com.br

Lobo Pop Art
O paulistano conhecido como Lobo, iniciou sua carreira de artista plástico aos 15 anos, quando fazia colagens em capa de caderno e desenhos de camisetas. Trabalhou algum tempo em agências de propaganda onde aos poucos foi adquirindo experiência e atitude de artista. Sem qualquer pretensão, Lobo acabou por se tornar um respeitado artista. Desde então, Lobo Pop Art dedica seu tempo somente à arte.

Os olhares de Ulisses Matandos


O fotógrafo brasileiro Ulisses Matandos, 40 anos, pautou a vida profissional sobre as belezas do mundo e as impressões que são passadas pelas fotografias. Sua característica é fazer com que as pessoas reflitam sobre determinada imagem e aflore sentimentos. “Ter que parar, pensar, compreender, sentir, respeitar”, explica Ulisses.

Um dos trabalhos mais especiais do fotógrafo foi uma viagem para Angola. Na capital Luanda, um local em especial atraiu a atenção e olhares curiosos em conhecer a verdadeira cultura local, o Roque Santeiro. Um mercado ao ar livre, diferente de qualquer outro visto por aí.

O Roque Santeiro, já extinto, foi o maior comércio a céu aberto onde se tinha de tudo o que existe e pode ser comercializado. Centenas de milhares de barracas – algumas registradas oficialmente, outras não – se entrelaçavam nas vielas. Lá se vendia de tudo, desde carnes e especiarias até serviços de barbearia. Tudo num mesmo lugar. 
 As fotos realizadas por Ulisses foram feitas em Outubro de 2009, retratando a partir de sua visão, o mundo afora e as impressões de Angola, as imagens são fortes demonstrações do povo Africano.





Telefone Celacc

Celacc
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E, em breve, um blog oficial da instituição!

PERSEU ABRAMO (1929-1996) - As lições de um mestre (*)

Hamilton Octavio Souza (**)
Prefácio de Padrões de manipulação na grande imprensa, de Perseu Abramo (posfácio de Aloysio Biondi), 64 pp., Editora Fundação Perseu Abramo, São Paulo, 2003; e-mail: <editora@fpabramo.org.br>, URL <www.fpabramo.org.br>; tel. (11) 5571-4299.
Perseu Abramo trabalhou 15 anos como professor do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), de 1981 até sua morte, em 1996. Trouxe para a PUC-SP a sua experiência acadêmica da Universidade de Brasília e da Universidade Federal da Bahia, e sua experiência jornalística das redações de O Estado de S. PauloFolha de S.Paulo e da imprensa alternativa (Movimento) e partidária (Jornal dos Trabalhadores, do Partido dos Trabalhadores – PT).
Além da atividade docente intensa em várias disciplinas específicas – desde Introdução ao Jornalismo, no 1º ano, até Projetos Experimentais, no 4º ano –, o professor Perseu Abramo orientou inúmeros projetos de iniciação científica e a produção de jornais laboratórios. Desenvolveu, mas não chegou a concluir, por motivos alheios à sua vontade, uma pesquisa sobre a manipulação da informação e a distorção da realidade na imprensa brasileira, que resultou em textos e relatórios preliminares de excelente conteúdo, irrefutáveis nos chamados critérios científicos e de profunda atualidade até hoje.
Essa pesquisa só não foi concluída porque a universidade, entre 1991 e 1992, viveu grave crise financeira e cortou inúmeros projetos em andamento sem verificar seu mérito. Parte da remuneração do professor Perseu vinha dessa verba, e ele foi obrigado a deixar o trabalho "suspenso" para se dedicar exclusivamente às aulas, após ter deixado a Secretaria de Comunicação da administração municipal de Luiza Erundina.
Assim mesmo, os relatórios da pesquisa e os textos derivados dela deixados por Perseu Abramo, praticamente inéditos, formam um conjunto de observações, constatações e análises do comportamento da imprensa comercial-burguesa, especialmente dos grandes jornais de São Paulo, raramente desvendados por outros pesquisadores.
Formado em sociologia, Perseu Abramo conhecia perfeitamente as técnicas da pesquisa científica, as metodologias e a organização do material coletado conforme os costumes da academia. Além disso, sabia perfeitamente o que muito jornalista e professor de jornalismo não sabe ainda hoje: que a atividade só pode ser entendida e analisada como categoria política, como instrumento de propagação ideológica de grupos, setores e classes sociais.
Tanto é que o texto mais completo sobre essa pesquisa recebeu originalmente, entre outros, os títulos de "Imprensa e política" ou "Significado político da manipulação na grande imprensa". E nele são explicitados não apenas os padrões da manipulação da informação como também as justificativas políticas da distorção e a pretensão de algumas empresas jornalísticas de se organizar e tentar assumir o papel de partido político.
Discurso oficial
A comparação que faz entre partido político e organização empresarial do jornalismo é antológica. Vale lembrar que o jornalista Perseu Abramo tinha participado ativamente da greve da categoria, em 1979, quando era editor da Folha, foi demitido pelo jornal (juntamente com centenas de profissionais castigados pelo patronato) e acompanhou – criticamente – o nascimento e a implantação do Projeto Folha, que transformou o antigo jornal da família Frias numa espécie de seita dirigida por manuais e "decretos" de revelação dogmática.
Os estudos do professor Perseu desmascaram a autoproclamada "objetividade" da imprensa comercial-burguesa, mostram que se trata de uma "falsa objetividade" e colocam o jornalismo praticado pelo mercado como um instrumento de controle político das elites, contrário aos interesses maiores do povo brasileiro. No debate sobre a verdadeira motivação da empresa de comunicação em manipular a informação e distorcer a realidade, Perseu coloca o campo econômico, a busca do lucro, num segundo plano, já que esse pode ser obtido com melhor resultado em outras atividades empresariais. Para ele, a motivação real está no campo político, na lógica do poder.
Os padrões de manipulação observados, identificados e classificados por Perseu Abramo podem ser aplicados de forma integral na análise dos veículos atualmente, inclusive porque as distorções que ele denuncia assumiram com muito mais desenvoltura o domínio das redações – após mais de dez anos de adesão da imprensa brasileira aos valores do neoliberalismo e à participação da mídia no exercício do poder formal das elites dominantes.
Nos governos de Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, a imprensa e os meios de comunicação praticamente substituíram a representação parlamentar, as organizações sociais e as entidades de classe na intermediação com a sociedade. Os veículos foram transformados em reprodutores e retransmissores do discurso oficial e, inclusive, das manipulações forjadas nos palácios de Brasília.
Justamente um dos padrões da manipulação da informação indicado nos textos de final dos anos 80 e início dos anos 90 é o oficialismo, que tem sido uma prática constante na trajetória da imprensa comercial-burguesa no Brasil e que ganhou hegemonia absoluta na segunda metade dos anos 90 – quando a reportagem e o trabalho investigativo foram abandonados e a palavra "positiva" das autoridades abarcou a maioria das grandes redações.
"Truques" da notícia
Na medida em que o oficialismo atinge a grande maioria da atividade jornalística, em que a diversidade e a pluralidade de informações e opiniões deixam de ter o seu espaço na sociedade, ele se transforma em autoritarismo, afirma Perseu em seus textos, com tremenda percepção do que aconteceria nos anos seguintes na imprensa brasileira.
O oficialismo que tomou conta dos meios de comunicação de 1994 para cá reduziu o jornalismo ao procedimento declaratório de um número bem comportado de fontes "oficiais" e previsíveis, todas naturalmente engajadas no projeto entreguista do governo FHC e na economia de mercado, de tal forma que a relação com o autoritarismo não pudesse mais ser ignorada. É claro que o discurso permanente continuou sendo o da liberdade de expressão, o da "isenção" da imprensa e o da "objetividade jornalística", mas sem espaço nem veículos destoando da lógica do pensamento único.
Com base em seus textos, utilizados em sala de aula, palestras, oficinas, seminários, com estudantes de graduação, ensino médio e com militantes de movimentos sociais interessados na área da comunicação, tem sido possível compreender alguns dos mecanismos empregados por jornalistas e comunicadores em geral nos veículos e programas identificados e reconhecidos como predominantemente dedicados ao jornalismo.
Essa é uma questão primordial: a manipulação não reflete a realidade da sociedade brasileira, está estruturada no modo de produção do jornalismo e é exercida por profissionais egressos das universidades, muitos dos quais com perfeito domínio das técnicas de comunicação e dos "macetes" adotados pelos jornalistas tanto para ocultar, fragmentar ou inverter os fatos.
Nada mais atual do que a ocultação total, parcial ou de aspectos da realidade; a fragmentação nas edições; a inversão da relevância das informações ou a mais primitiva descontextualização dos acontecimentos – práticas observadas hoje em cada página do jornal diário, da revista semanal e nos noticiários das emissoras de rádio e de TV.
O estudo desses padrões descritos por Perseu Abramo fornece ao jornalista e ao cidadão um instrumental precioso para a leitura correta e precisa do jornalismo praticado pela imprensa comercial-burguesa. Fornece, principalmente aos professores de todas as áreas e cursos, elementos valiosos para o entendimento sobre o papel da mídia numa sociedade capitalista, de massas, sobre os "truques" contidos em cada notícia e sobre a necessária atenção que os pesquisadores devem ter ao utilizar o material jornalístico como fonte de suas pesquisas.
Novo jornalismo
Na parte em que trata da inversão da forma pelo conteúdo, um dos pontos do padrão da inversão, Perseu Abramo sintetiza em poucas palavras, numa operação de sintonia fina, toda a dimensão de um problema praticamente escamoteado pelo jornalismo de mercado e deliberadamente ignorado pelas escolas afundadas nas "teorias" que cuidam da aparência, do visual, da imagem e do signo. Ele afirma:
"O texto passa a ser mais importante que o fato que ele reproduz; a palavra, a frase, no lugar da informação; o tempo e o espaço de cada matéria predominando sobre a clareza da explicação; o visual harmônico sobre a veracidade ou a fidelidade; o ficcional espetaculoso sobre a realidade".
A riqueza desse pequeno trecho comporta inúmeras análises, debates e reflexões. É possível debater desde o papel e a precisão da linguagem na descrição de um fato até o "jornalismo virtual" praticado em larga escala atualmente – muito mais criação ficcional do que informação relativa a algo real e concreto.
Esse tipo de inversão, que é uma manipulação que distorce a realidade, consome os veículos de comunicação todos os dias, às vezes de maneira sutil, contida, outras vezes de maneira escancarada, grosseira e agressiva.
Utilizei durante anos a edição do jornal O Estado de S. Paulo de 30 de junho de 1998 como exemplo radical desse padrão indicado por Perseu Abramo. Naquele dia, o tradicional jornal paulista, empenhado que estava na reeleição de Fernando Henrique Cardoso, apresentou na capa cinco chamadas (a manchete principal e quatro submanchetes) baseadas em previsões de futuro, em promessas vagas, do tipo "privatização das teles criará 2 milhões de empregos", "governo abrirá financiamento da casa própria", "balança comercial terá superávit" e coisas parecidas.
É claro que as chamadas do jornal jamais se concretizaram na época, no prazo e nas condições apontadas pelas matérias, as quais, na verdade, não guardavam qualquer relação com fatos reais, mas apenas com intenções e declarações de pessoas do governo devidamente comprometidas com a reeleição de FHC.
O que fica patente é que os estudos realizados pelo professor Perseu Abramo continuam fornecendo um instrumental precioso para a compreensão do fazer jornalístico predominante no país, o qual, obviamente, tem a ver com a organização do sistema de comunicação, com o tipo de propriedade e exploração desses meios e com a natureza do sistema capitalista.
A divulgação desses estudos e o seu debate mais amplo na sociedade certamente irão contribuir não apenas para ampliar a visão crítica – necessária – dos esquemas de manipulação da informação e de distorção da realidade, mas fundamentalmente para formar a base da transformação e estimular a formulação de um novo jornalismo – transparente, democrático, participativo e comprometido com os destinos da maioria do povo brasileiro.
(*) Título original: "A atualidade dos estudos do jornalista e professor Perseu Abramo"; intertítulos da redação do OI
(**) Jornalista e professor universitário; foi aluno do professor Perseu Abramo, seu colega de trabalho e companheiro na organização do PT; ocupou a chefia do Departamento de Jornalismo da PUC-SP de 1991 a 1995, no período em que Perseu desenvolveu a pesquisa sobre manipulação e distorção na imprensa; editor da revista Sem Terra